quinta-feira, 10 de abril de 2008

Step

Muitas vezes as grandes descobertas acontecem por acaso. Na Educação Física não é diferente e a actividade quase obrigatória nas academias que são as aulas de step surgiram também assim: quase por acaso.

Em 1986, a professora Gim Miler ao sofrer uma lesão, foi recomendada pelo seu fisioterapeuta a subir e descer num banquinho de madeira com a finalidade de reforçar os músculos da coxa (quadrícepes). Acção muscular fundamentada no teste de banco sueco e tem similaridade com a tarefa motora diária de subir escadas.

Pois bem, usando a sua criatividade, Gim Miler para não ficar naquele sobe desce chato começou a conjugar movimentos de braços com as pernas e fazer variações interessantes. A ideia foi brilhante e três anos depois a Reebok aperfeiçoou lançando no mercado uma nova e excelente actividade cardiovascular que fortalece os músculos das pernas e dos braços, desenvolve a noção espacial, a coordenação motora, o reflexo, emagrece e passou a ser mais um segmento da ginástica.

Desde então, as aulas de step vêm sendo aperfeiçoadas até chegar ao requinte de ter sequência de passos de acordo com o estímulo muscular ordenado e claro, com ritmo musical adequado ao fundamento das valências físicas desejadas na aula. Criou-se aulas combinadas de step, com street funk, com circuito e com pesos de mão. Tudo é aceitável desde que essas aulas sigam um fundamento com progressão pedagógica. Numa academia onde se conheça bem o nível de rotatividade dos alunos dá até para montar uma periodização da ginástica localizada mesclada com o step.

Com mais de dez anos de criação do step, o Colégio Americano de Medicina do Desporto já tem factos e dados suficientes que colocam essa actividade numa posição de destaque quando comparada, por exemplo, com a ginástica aeróbica de alto impacto e a corrida. O step oferece menos riscos de contusões mais graves ficando restritas a dores musculares nas coxas, gastrocnêmios (batata das pernas) e tendão de Aquiles.

As pesquisas mostraram uma melhora de até 16% na aptidão cardiovascular, aumento médio de 13% no consumo de oxigénio e diminuição de 1,4% de gordura num programa inicial de controlo de doze semanas (considerando três dobras cutâneas).

Os estudos concluíram também que esta actividade pode gastar de 300 a 500 quilocalorias em aulas variando respectivamente de 30 a 70 minutos. Para que esses valores sejam obtidos com segurança por qualquer pessoa, os estudiosos sugerem uma frequência ideal de três vezes por semana como qualquer outra actividade física.

Fonte: http://www.copacabanarunners.net/step.html


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